quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Debate: Por que a/na cidade??

As experiências da cidade, como um campo de conflitos, disputas e tensões, ganham visibilidade no espaço urbano. Seus espaços emergem como lugar de debate e intervenção social e artística. Para debater este tema, convidamos três artistas que atuam neste campo de conflitos: Mundano, grafiteiro, realiza intervenções artísticas colorindo os muros e pintando as carroças dos trabalhadores que recolhem materiais recicláveis; Luis Felipe de Lucena, estudante de Filosofia, educador, trabalha no projeto Atenção Urbana com crianças e adolescentes da Praça da Sé; Graziela Kunsch, mestre em cinema, realiza projetos de performance e vídeo e pesquisa performances de rua em São Paulo para o projeto “Performing the City”.


Sábado dia 03/12/11 no Centro Cultural da Juventude
Av Deputado Emilio Carlos 3641. Vila Nova Cachoeirinha
http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Futebol, Paixão e Mobilidade

São Paulo x Corinthians, clássico do futebol nacional hoje às 21h50 estádio do Morumbi.
Para além da já conhecida máfia que controla os horários das partidas, o jogo revela uma verdadeira batalha entre emoção e a racionalidade. A emoção de apoiar seu clube de coração e a realidade - um verdadeiro transtorno de se chegar e principalmente voltar do estádio de transporte público. O estádio do Morumbi coloca para seu público o descaso e a dificuldade de se locomover de transporte público na cidade. O trem é longe, o metrô ainda na inaugurou e os poucos ônibus lotados. Realidade que provavelmente não mudará que com as possíveis obras para a copa de 2014. Ou seja ir e se entregar a emoção, ou cair na racionalidade politica de que jogo as 22hs é inadmissível em um cidade com graves problemas de mobilidade

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nova audiência pública tenta elucidar projeto Nova Luz

BRASIL DE FATO
http://http://www.brasildefato.com.br/node/6549

O projeto será o tema de uma audiência pública nesta quinta-feira (08), às 19h, na Assembleia Legislativa

08/06/2011

Da redação
O projeto da Nova Luz será o tema de uma audiência pública nesta quinta-feira (08), às 19h, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera).
O encontro foi convocado por deputados, que pedirão à Prefeitura mais esclarecimentos sobre o projeto, que prevê a reurbanização da área abarcada pelas avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias, rua Mauá e avenida Cásper Líbero, no centro da capital paulista. Entre as mudanças estariam a reforma de prédios antigos, a ampliação de áreas verdes e a inclusão de novos moradores na região.
Associações de moradores e comerciantes da Luz e da Santa Ifigênia, no entanto, reclamam de falta de participação na elaboração do plano, que não estaria de acordo com as necessidades de quem vive e trabalha na região. Além disso, as entidades reivindicam garantias de permanência depois da requalificação e medidas de saúde pública para os dependentes químicos do entorno.
Outra preocupação é a Lei de Concessão Urbanística (14917/09), que transfere à iniciativa privada o direito de desapropriação e revenda dos imóveis.
Em abril, o projeto chegou a ser suspenso por conta de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) movida pela Associação dos Comerciantes da Santa Ifigênia (ACSI), contra a lei da concessão urbanística. A liminar que suspendia o projeto, no entanto, foi cassada dias depois.
Atualmente o projeto da Nova Luz está em fase preliminar e a previsão é de que a versão final seja apresentada até o final de julho, para depois ocorrer a licitação das obras.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dia Nacional de Mobilização pelo Direito à Moradia

Do sitio: http://www.unmp.org.br/


Dia Nacional de Mobilização pelo Direito à Moradia
A União Nacional por Moradia Popular vai às ruas, neste 19 de maio de 2011, para reafirmar a luta pelo Direito à Moradia e à Cidade, na defesa da participação popular, da reforma urbana e da autogestão nas políticas públicas. Realizaremos 25 manifestações em 12 Estados brasileiros.

Não podemos assistir calados à tragédia urbana que se abate sobre nossas cidades, com milhões de famílias vivendo em áreas de risco, bairros sem infra-estrutura, ameaçadas de despejo e excluídas de nossas cidades. Defendemos a autogestão como um avanço de qualidade na produção habitacional e na organização das famílias. Queremos avançar para que o Brasil tenha uma política habitacional e urbana que inclua todos e todas.


Veja onde a UNMP estará nas ruas neste 19 de maio!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Churrasquinho de Metrô

Mais uma vez a cidade de São Paulo se revela (para quem ainda duvide) como um verdadeiro campo de batalha.  Disputas e interesses sobretudo sócio-econômicos colocam a necessidade de nos posicionarmos e sermos cada vez mais críticos aos rumos das cidades. A Copa do Mundo e o Metrô paulistano vêem acirrando cada vez mais a situação. A "Gente diferenciada" mencionada por uma associação de moradores de Higienópolis acarretou em um grande manifestação no mesmo bairro neste útimo domingo confira a baixo um  texto da Raquel Ronik publicado no Estadão sobre o "Churasco da Gente Diferenciada".  
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,licoes-do-churrascao,719243,0.htm
Segue abaixo algumas fotos sobre o "evento" publicado em seu blog.





quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bairro educador: impressões

Cena do Doc. "Heliópolis, Bairro Educador". Foto divulgação

Nesta segunda-feira (02/05) o grupo do Centro Cultural da Juventude/ Tomie Othake (qual faço parte enquanto Monitor Cultural) dentro de nosso espaço de formação, fomos visitar o bairro educador de heliópolis. Uma grande experiência que nos ajuda a pensar cada vez mais a cidade como um organismo vivo e sobretudo interligado. Além de mostrar os limites do poder público, este exemplo coloca a necessidade de intervirmos nos espaços da cidade. E como atitudes sérias e organizadas, podem sim fazer a diferença em um espaço em conflituoso e segregado em diversos aspectos 
O bairro mostra de forma clara e objetiva que ainda é possível, apesar de todas dificuldades, reorganizar o espaço. E coloca-lo a serviço não só dos 190 mil habitantes de Heliópolis, mas pensar como incluir a parcela majoritária da cidade na cidade. 
O pólo educador fora idealizado em parceria com a comunidade e reúne Emei's, Emef Presidente Campos Salles (que tem uma grande importancia e comtribuição para o projeto) uma Etec, além de quadras, cinema, palco de teatro, biblioteca e área para exposições.
Após assistirmos um documentário sobre a história do bairro/projeto, tivemos o prazer de conversar com uma pessoa fundamental nessa história o diretor da Emef Pres. Campos Salles, Braz Nogueira que assume a direção da escola no final dos ano 90. Braz irá aplicar de forma adaptada para o contexto vivido um método similar ao da Escola da Ponte. O que totalmente inovador dentro da triste realidade do ensino público. Em uma de suas falas Braz coloca algo fundamental "a escola deteve o monopólio da educação e agora não está mais dando conta". O que se revela perigoso, uma vez que o ensino público é de má qualidade. Ou seja, é de extrema importância colocarmos a educação de forma mais ampla - pensar em espaços integrados e educadores. Todo espaço como um espaço educador, ser e estar.

Foto Gerson Oliveira
A atual disposição das cidades nos coloca em um amplo desafio. Seus problemas não se resolvem apenas com ações localizadas não continuas. A mobilidade e acesso a cidade devem incluir de forma concreta (não apenas via mercado de consumo) todas as camadas da sociedade. Ou seja, a questão é de acesso, não apenas de dar "um passinho para o lado que tem mais gente para entrar", como se diz dentro dos transportes públicos urbanos. A questão é propor espaços dignos e de qualidade interligando: Transporte, Educação, Moradia, Trabalho e Cultura. Ou seja, acabar com a centralidade - alicerce premente da segregação urbana.

Para saber mais assista o documentário "Heliópolis, Bairro educador" de André Ferezini

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Justiça acata liminar de associação e suspende projeto Nova Luz

Folha de São Paulo
link completo

Justiça acata liminar de associação e suspende projeto Nova Luz
 
JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

O Tribunal de Justiça acatou o pedido de liminar de uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) impetrada pela ACSI (Associação dos Comerciantes da Santa Ifigênia) contra a lei que permite a concessão urbanística. A decisão suspende o projeto Nova Luz --que pretende revitalizar a região central de São Paulo.
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Comerciantes da rua Santa Ifigênia, tradicional centro de compras de eletrônicos, se posicionam contra o projeto desde a apresentação do projeto, em dezembro. Eles dizem que serão prejudicados pelas desapropriações e já organizaram diversos protestos.
O advogado Kiyoshi Harada, que assina a ação, afirmou que a lei fere a Constituição ao conceder o direito a empresas --que vencerem a licitação-- de desapropriar e revender imóveis.
"Viola em bloco o principio da legalidade, da moralidade e da finalidade porque delega para particular um poder que a própria prefeitura não tem. A prefeitura não tem poder para desapropriar um imóvel para revender então como pode permitir que particular faça isso? É especulação", questiona o advogado.
A decisão é do desembargador Souza Lima, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, e foi publicada na segunda-feira (25). Ele entendeu que o projeto da prefeitura pode ser uma "ampla intervenção urbanística sem observância do devido processo legal".
"Alem disso, é evidente o periculum in mora [perigo da demora] em razão da possibilidade concreta de danos irreversíveis aos imóveis dos associados do autor face às desapropriações previstas nas normas legais impugnadas", afirmou o desembargador em sua decisão.
O advogado também afirmou que a associação não é contra a reurbanização, a requalificação urbana ou a modernidade urbanística. "Porém, tudo deve ser feito dentro da lei, da Constituição. Não somos contra a operação Nova Luz, mas não tem como dar concessão para particular tomar sua casa. Da parte da casa desapropriada, faz uma obra com destinação pública e o remanescente é vendido, arrendado", afirmou Harada.
A Prefeitura de São Paulo informou que não foi citada, que não irá se manifestar sobre a decisão, mas que irá recorrer quando houver citação.

NOVA LUZ
O projeto da Nova Luz, feito pelo consórcio formado pelas empresas Concremat Engenharia, Cia City, Aecom e FGV (Fundação Getúlio Vargas), contempla a área delimitada pelas avenidas Cásper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e rua Mauá.
O objetivo do projeto urbanístico é incentivar o uso misto do bairro, onde os pavimentos térreos sejam ocupados por comércio e os pisos superiores tenham escritórios e residências.
Para isso, 50 mil m2 de áreas residenciais e 300 mil m2 comerciais sofrerão intervenções. A empresa que ganhar a licitação para executar o projeto irá desapropriar ou comprar esses prédios, demolir e reconstruir. Serão mantidos imóveis tombados pelo patrimônio histórico.
O cadastramento das famílias que moram no perímetro do projeto começou em março