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Cena do Doc. "Heliópolis, Bairro Educador". Foto divulgação |
Nesta segunda-feira (02/05) o grupo do Centro Cultural da Juventude/ Tomie Othake (qual faço parte enquanto Monitor Cultural) dentro de nosso espaço de formação, fomos visitar o bairro educador de heliópolis. Uma grande experiência que nos ajuda a pensar cada vez mais a cidade como um organismo vivo e sobretudo interligado. Além de mostrar os limites do poder público, este exemplo coloca a necessidade de intervirmos nos espaços da cidade. E como atitudes sérias e organizadas, podem sim fazer a diferença em um espaço em conflituoso e segregado em diversos aspectos
O bairro mostra de forma clara e objetiva que ainda é possível, apesar de todas dificuldades, reorganizar o espaço. E coloca-lo a serviço não só dos 190 mil habitantes de Heliópolis, mas pensar como incluir a parcela majoritária da cidade na cidade.
O pólo educador fora idealizado em parceria com a comunidade e reúne Emei's, Emef Presidente Campos Salles (que tem uma grande importancia e comtribuição para o projeto) uma Etec, além de quadras, cinema, palco de teatro, biblioteca e área para exposições.
Após assistirmos um documentário sobre a história do bairro/projeto, tivemos o prazer de conversar com uma pessoa fundamental nessa história o diretor da Emef Pres. Campos Salles, Braz Nogueira que assume a direção da escola no final dos ano 90. Braz irá aplicar de forma adaptada para o contexto vivido um método similar ao da Escola da Ponte. O que totalmente inovador dentro da triste realidade do ensino público. Em uma de suas falas Braz coloca algo fundamental "a escola deteve o monopólio da educação e agora não está mais dando conta". O que se revela perigoso, uma vez que o ensino público é de má qualidade. Ou seja, é de extrema importância colocarmos a educação de forma mais ampla - pensar em espaços integrados e educadores. Todo espaço como um espaço educador, ser e estar.
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Foto Gerson Oliveira |
A atual disposição das cidades nos coloca em um amplo desafio. Seus problemas não se resolvem apenas com ações localizadas não continuas. A mobilidade e acesso a cidade devem incluir de forma concreta (não apenas via mercado de consumo) todas as camadas da sociedade. Ou seja, a questão é de acesso, não apenas de dar "um passinho para o lado que tem mais gente para entrar", como se diz dentro dos transportes públicos urbanos. A questão é propor espaços dignos e de qualidade interligando: Transporte, Educação, Moradia, Trabalho e Cultura. Ou seja, acabar com a centralidade - alicerce premente da segregação urbana.
Para saber mais assista o documentário "Heliópolis, Bairro educador" de André Ferezini