quinta-feira, 21 de abril de 2011

Emergências

Texto inaugural escrito em 19/3/2011

  

Em uma sociedade de controle, as experimentações cotidianas da vida em geral, aparecem por muitas vezes limitadas. Como se existissem muros ou cercas imaginárias que limitam nossas ações, deslocamentos e pensamentos, através de  leis inquestionáveis. O discurso de uma vida melhor, assim como da segurança, tornam-se dogmas inquestionáveis. Seu uso maniqueísta faz com que sentimos em nosso corpo o peso de se viver sob um consenso comum, onde qualquer sinal de resistência é visto como uma contra-regra que deve ser eliminada. Ou é resumido pejorativamente em apenas uma palavra: revolucionário – Jovem militante aspirante a intelectual entre 18 a 29 anos em média que não trabalha tampouco constituiu família. 
Portanto, as problematizações do presente faz com que nosso corpo busque novas formas de ser. Já não cabem mais promessas futuras, onde uma nova sociedade irá superar a ordem atual. Assim como determinadas formas de lutas e resistências, que cabem a seu tempo e processo histórico. Logo a contemporaneidade  surge como uma urgência a ser pensada, a ser sentida.
Construir uma história do presente, requer re-significar a existência, e de fato existir no mundo. Ações individuais sempre acarretam em ações coletivas, não existes métodos nem modelos. Re-significar a vida também perpassa pelas palavras. Que não devem ser  esquecidas, pois as palavras estão carregadas de história, de sentido. Questionar antigas denominações também é re-siginifica-las. Hoje Picasso virou carro de luxo, Liberdade, campanha de celular. A naturalização dos processos históricos é a mônada do censo comum.
O que buscamos é algo inexistente, são palavras politicamente inomináveis sobretudo a serem construídas em qualquer tempo e espaço.

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